A Vida é uma eterna procura.
Este blog é uma viagem interior e o reflexo de uma permanente busca do encontro
com O Deus-Amor, com o próximo, comigo própria...

Enfim, é o espelho de um espírito inquieto.

Pintura de Paul Klee

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Heal the World - Michael Jackson

"Think about the generations and they say:
We want to make it a better place for our children and our
children's children. So that they know it's a better world for
them; and think if they can make it a better place."
1. There's a place in your heart and I know that it is love,
and this place could be much brighter then
And if you really try, you'll find there's no need to cry,
in this place you'll feel there's no hurt or sorrow.
There are ways to get there, if you care enough for the living.
Make a little space, make a better place.

Heal the world, make it a better place
For you and for me and the entire human race.
There are people dying. If you care enough for the living,
Make a better place for you and for me.

2. If you want to know why there's a love that cannot lie.
Love is strong, it only cares for joyful giving.
If we try, we shall see, in this bliss we cannot feel
fear or dread, we stop existing and start living.
Then it feels that always love's enough for us growing.
Make a better world, make a better world.

And the dream we were conceived in will reveal a joyful face
And the world we once believed in will shine again in grace
Then why do we keep strangling life
Wound this earth, crucify it's soul
Though it's plain to see, this world is heavenly. Be God's glow!

3. We could fly so high, and our spirits never die.
In my heart I feel you are all my brothers.
Create a world with no fear, together we'll cry happy tears,
see the nations turn their swords into plowshares.
We could really get there, if you cared enough for the living.
Make a little space, to make a better place.

Heal the world we live in

Save it for our children

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palavras de vida de Rosa Lobato Faria

"(...) Aos 17 anos entrei para a Faculdade sem fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me,ainda completamente em branco (e não me refiro só à cor do vestido). Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é que resolvi arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos. Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente, isto talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porque sim, ou, pior, porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de deixar de ser e começar a abrir caminho às gerações futuras (ainda não sabia que entre os meus 12 netos se contariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a revolução que NÓS fizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo, quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre era acreditar em mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais.

Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros, acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muito bom para aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavra chave e dou por mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metáfora da vida humana e posso glosar essa descoberta até, praticamente, ao infinito.

Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).

Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito. Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem. Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como se tivesse luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens. Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça,
idade ou religião. É um progresso enorme.

(...) senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer teatro porque não aprendi.

Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber oque é que lá vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é só uma cantiga. Irrelevante.

Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas para contar. Mas não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo. Encontramo-nos no meu próximo romance."

in "Autobiografia", de Rosa Lobato Faria

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Silêncio da Alma

Respira em cada flor,
voa com cada pássaro,
encontra beleza e sabedoria em tudo,
já que a sabedoria está em todos os lugares onde se forma a beleza.
A beleza forma-se em todo o lado,
não há que procurá-la,
porque ela virá a ti.Ao lavar a loiça desfruta do calor da água que acaricia tuas mãos.
Ao preparar a refeição sente o amor do Universo que te trouxe esse alimento
e, como um presente teu ao prepará-lo,
derrama nele todo o amor de teu ser.

Ao respirar,

respira longa e profundamente,

respira lenta e suavemente,

respira a suave e doce simplicidade da vida,

tão plena de energia,

tão plena de amor.

É Amor de Deus o que estás respirando.

…Respira profundamente e poderás senti-l'O.
Respira muito, muito profundamente
e o amor te fará chorar.......... de alegria.
Porque conheceste o Teu Deus
e o Teu Deus te presenteou com tua alma.

Faz da tua vida e de todos os acontecimentos uma meditação.
Caminha na vigília,
não adormecido.

Move-te com a perfeição,
não sem ela
e não te detenhas na dúvida nem no temor,
tãopouco na culpa ou na auto-recriminação.
Vive no esplendor permanente,
com a certeza de que és muito amado.

Sempre és Um com Deus
Sempre és bem-vindo à Casa
Porque teu lar é Meu Coração
e o Meu é o teu.

Somos tudo o que é,
tudo o que foi
e tudo o que será.


Neale Donald Walsh

No mistério do sem-fim

"Aprendi com as primaveras a me deixar cortar
para poder voltar sempre inteira."
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta.

Cecília Meireles

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A little bit of... Supertramp!

Uma velha banda, companheira de muitos momentos ao longo da minha vida, desde os tempos da adolescência...



When I was young, it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical.
And all the birds in the trees, well they'd be singing so happily,
joyfully, playfully watching me.
Then they send me away to teach me how to be sensible,
oh logical, responsible, practical.
And they showed me a world where I could be so dependable,
clinical, oh, intellectual, cynical.
There are times when all the world's asleep,
the questions run too deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am.
Now watch what you say or they'll be calling you a radical,
liberal, fanatical, criminal.
Won't you sign up your name, we'd like to feel you're
acceptable, oh, respectable, oh, presentable, a vegetable!
At night, when all the world's asleep,
the questions run so deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Inquietude de alma...

As vezes tenho ideias felizes,
Ideias subitamente felizes, em ideias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...

Álvaro de Campos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Entrega total

O mundo precisa de pessoas que se entreguem a 100% ao que melhor sabem fazer, àquilo em que acreditam...
nada de "meias tintas"!
É o exemplo notável que este músico nos dá: uma entrega total ao momento e à música.