A Vida é uma eterna procura.
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Pintura de Paul Klee

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Santa Brígida, uma Santa que viveu "com os pés assentes na terra" e o coração preso a Deus

"Indicando Santa Brígida como co-Padroeira da Europa, desejo torná-la conhecida não só aos que receberam a vocação de uma vida de especial consagração, mas também aos que são chamados às naturais ocupações da vida laical no mundo e, sobretudo, à exímia e exigente vocação de formar uma família cristã.

Sem se deixar influenciar pelas condições de bem-estar do seu meio aristocrático, ela viveu com o marido Ulf uma experiência conjugal, onde o amor esponsal se uniu à oração intensa, ao estudo da Sagrada Escritura, à mortificação e à caridade. Juntos fundaram um pequeno hospital, onde frequentemente cuidavam dos enfermos. Brígida tinha também o hábito de servir pessoalmente os pobres. Ao mesmo tempo, era apreciada pelas suas qualidades pedagógicas, que teve ocasião de pôr em prática no período em que lhe foi pedido que servisse na Corte de Estocolmo. Desta experiência amadureceram os conselhos que, em diversas ocasiões, veio a dar aos príncipes e soberanos, para desempenharem correctamente as suas funções. Mas os primeiros a beneficiar de tudo isto foram certamente os seus filhos, e não é por acaso que uma das suas filhas, Catarina, é venerada como santa. [...]


Depois da morte do esposo, ouviu a voz de Cristo que lhe confiou nova missão, guiando-a passo a passo com uma série de graças místicas extraordinárias. [...] Com a força que é o eco dos antigos grandes profetas, ela falava com segurança a príncipes e pontífices, revelando os desígnios de Deus acerca dos acontecimentos históricos. Não poupou severas advertências, nem mesmo em matéria da reforma moral do povo cristão e do próprio clero [...]


Nas terras escandinavas, pátria de Brígida, que estão separadas da plena comunhão com a Sé de Roma após os tristes acontecimentos do século XVI, a figura da Santa sueca permanece como um precioso elo ecuménico, também reforçado pelo esforço realizado neste sentido pela Ordem religiosa por ela fundada."



João Paulo II
in Carta apostólica Spes Aedificandi (a partir da trad. DC2213, 7/11/99)

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